sábado, 23 de julho de 2011

Meu Blog tem por objetivo realizar uma viagem através dos fatos e acontecimentos que moldaram a história da humanidade e países como um todo, dividindo essa experiência com os visitantes.

BOMBA DE HIROSHIMA E NAGASAKI





No dia 6 de Agosto de 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, a cidade japonesa de Hiroshima foi desnecessariamente bombardeada pela força aérea americana. Três dias mais tarde segui-se o bombardeio de Nagasaki. Sua justificação era forçar o rendição do Japão, porém, o que ficou evidenciado era que ambas faziam parte de uma verdadeira demonstração de força do armamento nuclear dos EUA. As cidades foram escolhida por estarem situadas exatamente entre vales, o que facilitaria a avaliação dos danos causados pela nova tecnologia bélica, a qual nunca até então havia sido usada e nem se sabia quais seriam suas consequências. Soma-se a isso o fato de que essas cidades nunca sofreram ataques durante a Segunda Guerra, ou seja, era pouco vigiadas. A detonação da Little Boy, como era chamada a bomba que causou a morte de mais de 250 mil pessoas em Hiroshima, foi ouvida até o alcance das cidades vizinhas. Ela destruiu tudo o que encontrava num raio de dois quilômetros e meio, devastando vegetação e estrutura da cidade. Porém, o aporte térmico da bomba teve um alcance ainda maior. A detonação da Fat Man sobre Nagasaki causou tanta destruição quanto em Hiroshima. Sobreviventes que sofreram fortes queimaduras devidas á propagação do intenso calor, fora da área de explosão, andavam pelas ruas sem saber o que havia acontecido. A radioatividade se espalhou provocando chuvas ácidas, causando a contaminação da região, incluindo lagos, rios, plantações. Os sobreviventes foram atendidos dias depois, o que ocasionou a morte lenta e agonizante de muitos. Até os dias de hoje os descendentes dos habitantes afetados sofrem os efeitos da radioatividade. Tempos depois a cidade foi sendo reconstruída. Após mais de 60 anos decorridos da tragédia que marcou a história mundial, Hiroshima se transformou numa cidade moderna e desenvolvida, com árvores, prédios, pessoas circulando e carros, como em qualquer outra. Contudo, as lembranças continuam vivas dentro de cada um. Sendo assim foi construído o Memorial da Paz de Hiroshima, uma das atrações mais visitadas no Japão, servindo de apelo à paz e um acervo cultural.


O PRIMEIRO HOMEM NA LUA

Decorreram já quarenta anos sobre a data em que um ser humano deixou o planeta Terra e, pela primeira vez, pousou o pé no solo lunar. Quem não era nascido ainda poderá agora espantar-se com as maravilhas da tecnologia de há quatro décadas; porém, quem acompanhou ao vivo este acontecimento, decerto recordará com emoção as imagens que documentaram a maior odisseia da espécie humana.
 O primeiro homem na lua
Grande plano do pé do astronauta Edwin Aldrin no solo lunar em 20 de Julho de 1969
Foi sem dúvida a maior aventura da espécie humana, a mais ousada, a mais perigosa e a mais difícil de concretizar. Faz hoje precisamente quarenta anos que seres humanos se atreveram a caminhar noutro solo que não o do seu planeta-mãe, a mais de 300 000 Km de distância. Transportada pelo fantástico Saturno V, a nave espacial Apollo 11 levou a bordo os astronautas Michael Collins, Edwin Aldrin e Neil Armstrong, que foram a face visível de uma equipa de milhares de pessoas que permitiu a concretização desta grandiosa epopeia. Recordar a viagem da Apollo 11 é recordar um dos pontos mais altos da história da Humanidade; é recordar um pouco de nós próprios. Felizmente há imagens.
Apesar da viagem ter demorado oito dias e a permanência na lua apenas 21 horas, toda a preparação da missão demorou uma década. Não esquecemos as imagens dos foguetões a erguerem-se no ar, das tentativas tragicamente fracassadas, dos astronautas a flutuar no espaço, da árida paisagem lunar, do nosso pequeno planeta visto do espaço, do centro de controle de Houston, do resgate da cápsula espacial no meio do oceano ou do desfile triunfal dos conquistadores da lua pelas ruas de Nova Iorque. Para nosso contentamento, o jornal The Boston Globe reuniu um grupo significativo destas imagens, dispersas por vários arquivos. Fiquemos com algumas delas e comemoremos esta data recordando a extraordinária odisseia da Apollo 11.  O primeiro homem na lua
Vista aérea da Apollo 11 a sair do Centro Espacial de Cape Canaveral em direcção ao seu local de lançamento em 20 de Maio de 1969
 O primeiro homem na lua
Últimos preparativos e lançamento da Apollo 11 em 16 de Julho de 1969
 O primeiro homem na lua
O módulo lunar Eagle na sua viagem entre a nave espacial Apollo e a lua, transportando os astronautas Armstrong e Aldrin. Na nave permaneceu Collins, o comandante da missão, que realizou esta foto em que se vê ao fundo a Terra.
 O primeiro homem na lua
Edwin Aldrin desce do módulo lunar, fotografado por Armstrong.
 O primeiro homem na lua
Esta fotografia, captada imediatamente a seguir à anterior, deve ser provavelmente a mais famosa de toda a missão Apollo: Aldrin caminha sobre a Lua com a imagem de Armstrong reflectida na viseira do seu capacete
 O primeiro homem na lua
No centro de controle de Houston dezenas de monitores de terminais de computador brilham no escuro. Qualquer computador pessoal de hoje é infinitamente mais potente do que estes seus antepassados que, não obstante, asseguraram o bom funcionamento da missão. Ao fundo um ecrã gigante mostra os primeiros passos na lua.
 O primeiro homem na lua
O regresso à Terra, ou melhor, à água era um processo complicado e perigoso. Na cápsula vêem-se os efeitos da reentrada na atmosfera.
 O primeiro homem na lua
O desfile triunfal dos astronautas nas ruas de Nova Iorque em 13 de Agosto de 1969. Quem assistiu afirma ter sido o maior que a cidade jamais presenciou.


O DIA DO ASSASSINATO DE JOHN LENNON

No dia 8 de Dezembro de 1980, depois de uma gravação tardia no estúdio, John Lennon e Yoko Ono dirigiram-se para casa, no edifício Dakota, em frente ao Central Park em Nova Iorque. À espera deles estava Mark David Chapman, um fã perturbado que alvejou o ex-Beatle, causando-lhe ferimentos fatais. Saiba aqui a história do assassinato de John Lennon, há exactamente 30 anos.
john lennon murder assassinato


Quando Annie Leibovitz entrou no apartamento de John Lennon e Yoko Ono para uma sessão fotográfica da revista Rolling Stone no dia 8 de Dezembro de 1980 desconhecia por completo o desfecho desse dia: que seria ela a responsável por uma das fotografias mais famosas da cultura popular do século XX e que essa imagem seria uma das últimas tiradas ao ex-Beatle em vida.
O mês de Dezembro corria bem ao músico britânico: depois de cinco anos sem editar nada, Lennon tinha lançado o álbum Double Fantasy, em colaboração com a sua mulher Yoko Ono: uma obra que celebra a vida em família e o amor. Entrevistas, sessões fotográficas e eventos públicos encheram os últimos dias de vida de Lennon em Nova Iorque.
No dia oito desse mês, após uma entrevista à RKO Radio Network, Lennon e Yoko Ono dirigiram-se ao estúdio para gravar uma versão da música "Walking on a Thin Ice" por volta das 17h00. Foi nesta altura que Lennon teve o primeiro contacto com o homem que lhe viria a tirar a vida nesse mesmo dia: Mark David Chapman aproximou-se da limousine à chegada ao estúdio para pedir um autógrafo no álbum recentemente lançado. Paul Goresh, o fotógrafo que acompanhava o músico nesse dia, guardou a imagem deste momento que viria a ser mais tarde recordado por todo o mundo.

Geral
A queda do muro de Berlim

Pressão social provoca queda do muro de Berlim em 1989

Considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o muro deixou de existir em 8 de novembro de 1989. A queda do muro de Berlim simbolizou o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, que começou na Polônia e na Hungria. Confrontado com um êxodo maciço de sua população para o Ocidente, o Governo da Alemanha Oriental abriu as suas fronteiras. Foi a reunificação da Alemanha após mais de 40 anos de separação e a sua parte oriental integrada a CEE em Outubro de 1990.

Berlim, 13 de agosto de 1961. Em questão de horas, uma barreira passou a dividir os setores leste e oeste da cidade. Nascia o que ficou conhecido como Muro de Berlim. As tropas de Berlim oriental começaram a colocar os barreiras e arames farpados para cortar a ligação deles com o resto da Alemanha, as únicas saídas eram feitas através dos “checkpoints”. O regime chamava o muro de “Barreira protetora antifascista”, “trancando” seu povo do capitalismo.

Construir o muro de Berlin em 1961 fazia total sentido para o líder da Alemanha oriental Walter Ulbricht. A população do seu lado estava imigrando para o lado ocidental em grande escala, quase que tornando a Alemanha oriental um local vazio.

O fluxo de pessoas do leste de Berlim para o oeste era enorme, pois o oeste (ocidente) estava experimentando uma época de milagre econômico (em alemão – Wirtschaftswunder)

As raízes do muro apareceram no inicio da guerra fria, após a 2ª guerra mundial. Um dos motivos fora o esforço de Moscou em tirar os aliados ocidentais de Berlim ocidental, assim como de tirar os capitalistas, que falhou.

Em 1989 já havia já muita incerteza sobre o futuro da Alemanha Oriental. Nos meses anteriores, milhares de alemães orientais conseguiram atravessar para o lado Ocidental, da mesma forma como acontecia antes da construção do Muro de Berlim, e centenas de pessoas saíram às ruas em manifestações.

Apesar das agitações sociais, o governo da Alemanha Oriental permanecia impassível: em 7 de outubro de 1989 - menos de um mês antes da queda do muro, em 9 de novembro - autoridades festejaram a fundação do Estado da Alemanha Oriental. Mas o aparente descaso com a emergência de um movimento social não barrou as manifestações.

Em 30 de outubro de 1989, mais de 300 mil pessoas se reuniram em Leipzig. No dia 4 de novembro daquele mesmo ano, a multidão reunida em Berlim Oriental ultrapassou meio milhão de pessoas. Três dias depois, o governo do primeiro-ministro Willi Stoph renunciou ao cargo; em 8 de novembro, foi a vez de Erich Honecker (1912-1994), o chefe de Estado.

Especula-se que um mal-entendido provocou a queda do Muro de Berlim.

O Ministro das Comunicações da época, Günter Schabowski, que estava de férias quando houve a promulgação da lei, lê apressadamente uma nota, em uma coletiva de imprensa, que dizia que os alemães poderiam cruzar a fronteira entre as duas Alemanhas sem qualquer permissão. Questionado quando a lei começaria a ser válida, ele respondera que naquele mesmo dia a legislação tinha entrado em vigor.

Milhares de pessoas foram imediatamente aos postos de comando do muro, exigindo sua passagem, e o muro caiu.

O Conselho de Ministros ainda não tinha aprovado as novas diretrizes, e os soldados nos postos fronteiriços foram tomados totalmente de surpresa pela multidão, sem qualquer orientação de como proceder. Nesse dia, pela primeira vez em 28 anos, alemães de ambos os lados de Berlim se encontraram livremente.

LIBERTAÇÃO DE NELSON MANDELA


 

Todos reconheceram que a África do Sul estava diante de uma virada histórica, quando o então chefe de governo Frederik Willem de Klerk anunciou, em 2 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela. Símbolo da luta da população negra contra o racismo, ele se tornara, ao longo dos 28 anos que passou na cadeia, o prisioneiro mais famoso do mundo.
Nelson Rolihlahla Dalibhunga Mandela nasceu a 18 de julho de 1918. Seu pai era chefe da tribo Thembu, do povo Xhosa. Nelson Mandela começou a estudar Direito na Universidade de Fort Hare (para negros), mas foi expulso por liderar uma greve estudantil. Em Joanesburgo, estagiou num escritório de advocacia e fez um curso de Direito por correspondência. Em 1942, graduou-se pela Universidade de Pretória.
Mandela ingressa no ANC Já nos tempos de estudante, Mandela era engajado politicamente e ingressou cedo no Congresso Nacional Africano. O ANC era uma associação empenhada em reivindicar direitos e melhorar a qualidade de vida da maioria negra oprimida pelos brancos na África do Sul. A princípio, através de contatos com lideranças políticas e cartas com pedidos de apoio; mais tarde, organizando greves e manifestações.
Em 1952, Mandela abriu o primeiro escritório de advocacia para negros em Joanesburgo, uma tremenda ousadia num país em que o regime estava diminuindo a cada dia os direitos da população negra. A situação política interna escalou de tal maneira que, em 1960, a polícia abriu fogo contra os que participavam de uma grande manifestação em Shaperville. Saldo da violência: 69 mortos e centenas de feridos. O governo decretou estado de exceção e mandou prender vários militantes, entre os quais Nelson Mandela.
Organização clandestina O Congresso Nacional Africano e outros partidos e associações que criticavam o regime foram proibidos. Em dezembro de 1961, Mandela ajudou a criar a ala militante Lança da Nação e se tornou o primeiro comandante da organização clandestina especializada em sabotagens. Em 1962, Mandela saiu escondido do país para pedir apoio, principalmente financeiro, à sua causa.
Ao retornar à África do Sul, ainda no mesmo ano, foi preso e condenado a cinco anos de prisão por ter participado da organização de protestos. Em outubro de 1963, Mandela e outros sete réus foram condenados à prisão perpétua, sob acusação de terem organizado 150 atos de sabotagem. Até 1981, esteve na temida prisão em Robben Island, perto da Cidade do Cabo. Mais tarde, foi transferido para o presídio de alta segurança de Pollsmoor.
Depois de se tratar de uma tuberculose durante algumas semanas numa clínica, Mandela passou a viver numa casa, no pátio de outra prisão perto da Cidade do Cabo. Nos 28 anos em que ficou preso, a resistência dos negros sul-africanos contra o Apartheid foi se tornando cada vez maiz violenta. A comunidade internacional também aumentou a pressão contra o governo sul-africano através de sanções e boicotes.
Início das reformas na África do Sul Ao assumir o governo em 1989, Frederik de Klerk reconheceu que as reformas eram inevitáveis para que o país não submergisse na guerra civil e no caos. Em fevereiro de 1990, cancelou a proibição do ANC, revogou algumas leis racistas e libertou Mandela. Os anos seguintes ainda foram bastante confusos, com a minoria branca tentando manter a supremacia, semeando a discórdia entre os grupos negros.
Até que, nas primeiras eleições democráticas em 1994, o ANC recebeu 60% dos votos e Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Em 1993, Mandela e Frederik de Klerk receberam o Prêmio Nobel da Paz "por seu engajamento em prol da conciliação e por sua coragem e integridade".