sábado, 23 de julho de 2011

Geral
A queda do muro de Berlim

Pressão social provoca queda do muro de Berlim em 1989

Considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o muro deixou de existir em 8 de novembro de 1989. A queda do muro de Berlim simbolizou o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, que começou na Polônia e na Hungria. Confrontado com um êxodo maciço de sua população para o Ocidente, o Governo da Alemanha Oriental abriu as suas fronteiras. Foi a reunificação da Alemanha após mais de 40 anos de separação e a sua parte oriental integrada a CEE em Outubro de 1990.

Berlim, 13 de agosto de 1961. Em questão de horas, uma barreira passou a dividir os setores leste e oeste da cidade. Nascia o que ficou conhecido como Muro de Berlim. As tropas de Berlim oriental começaram a colocar os barreiras e arames farpados para cortar a ligação deles com o resto da Alemanha, as únicas saídas eram feitas através dos “checkpoints”. O regime chamava o muro de “Barreira protetora antifascista”, “trancando” seu povo do capitalismo.

Construir o muro de Berlin em 1961 fazia total sentido para o líder da Alemanha oriental Walter Ulbricht. A população do seu lado estava imigrando para o lado ocidental em grande escala, quase que tornando a Alemanha oriental um local vazio.

O fluxo de pessoas do leste de Berlim para o oeste era enorme, pois o oeste (ocidente) estava experimentando uma época de milagre econômico (em alemão – Wirtschaftswunder)

As raízes do muro apareceram no inicio da guerra fria, após a 2ª guerra mundial. Um dos motivos fora o esforço de Moscou em tirar os aliados ocidentais de Berlim ocidental, assim como de tirar os capitalistas, que falhou.

Em 1989 já havia já muita incerteza sobre o futuro da Alemanha Oriental. Nos meses anteriores, milhares de alemães orientais conseguiram atravessar para o lado Ocidental, da mesma forma como acontecia antes da construção do Muro de Berlim, e centenas de pessoas saíram às ruas em manifestações.

Apesar das agitações sociais, o governo da Alemanha Oriental permanecia impassível: em 7 de outubro de 1989 - menos de um mês antes da queda do muro, em 9 de novembro - autoridades festejaram a fundação do Estado da Alemanha Oriental. Mas o aparente descaso com a emergência de um movimento social não barrou as manifestações.

Em 30 de outubro de 1989, mais de 300 mil pessoas se reuniram em Leipzig. No dia 4 de novembro daquele mesmo ano, a multidão reunida em Berlim Oriental ultrapassou meio milhão de pessoas. Três dias depois, o governo do primeiro-ministro Willi Stoph renunciou ao cargo; em 8 de novembro, foi a vez de Erich Honecker (1912-1994), o chefe de Estado.

Especula-se que um mal-entendido provocou a queda do Muro de Berlim.

O Ministro das Comunicações da época, Günter Schabowski, que estava de férias quando houve a promulgação da lei, lê apressadamente uma nota, em uma coletiva de imprensa, que dizia que os alemães poderiam cruzar a fronteira entre as duas Alemanhas sem qualquer permissão. Questionado quando a lei começaria a ser válida, ele respondera que naquele mesmo dia a legislação tinha entrado em vigor.

Milhares de pessoas foram imediatamente aos postos de comando do muro, exigindo sua passagem, e o muro caiu.

O Conselho de Ministros ainda não tinha aprovado as novas diretrizes, e os soldados nos postos fronteiriços foram tomados totalmente de surpresa pela multidão, sem qualquer orientação de como proceder. Nesse dia, pela primeira vez em 28 anos, alemães de ambos os lados de Berlim se encontraram livremente.

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